10 Palavras e Expressões que o Cristão Não Deve Usar


Assim ensina a santa e sagrada Escritura: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem" (Ef 4.29).

Este versículos não nos ensina somente a não falar "palavrões" (clique aqui para ler sobre este tema), mas, sim, acerca da necessidade do cristão falar "só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem", o que se traduz em dizer que todas as palavras e expressões que empregamos devem refletir a piedade interior do homem renovado por Cristo Jesus.

Uma vez que palavras são como que "resumos" de ideias e buscam transmitir pensamentos, ideologias e sentimentos sobre determinado fato, é preciso que os cristãos cessem com algumas palavras e expressões que, em vez de glorificarem ao Senhor (leia 1Co 10.31), acabam dando razão à carnalidade. Visto não ser possível manter-se posição "neutra", pois "Ninguém pode servir a dois senhores" (Mt 6.24; Lc 15.13), listo abaixo alguns exemplos que devemos evitar, tendo em vista não serem preciosas as olhos do Senhor.

1Sorte - o cristão não tem sorte alguma, porque "sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.28). Quando a Bíblia fala em "sorte", não se refere à mera aleatoriedade, pois nosso Senhor "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? (Nm 23.19). O genuíno filho de Deus possui toda bênção do Senhor, não a sorte.

2. Coincidência - nada ocorre por acaso. Diz explicitamente a Bíblia: "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.13). Se Deus trabalhasse com coincidências, seria melhor servir a outro "Senhor", pois este, ao menos, teria um plano. O Deus das Escrituras decreta - somente. "E disse Deus: Haja luz; e houve luz" (Gn 1.3).

3. "Está amarrado em nome de Jesus!" - em nenhum lugar da Escritura esta expressão é usada ou empregada por qualquer pessoa. Embora os crentes que a usem estejam intentando transmitir a ideia de que tal coisa não prevalecerá pois o Senhor é maior, subjetivamente está a falsa noção de que podem decretar ordens ao Eterno Deus. Satanás nunca esteve solto para enganar todas as pessoas, fixe isso. Sim, plenamente verdadeiro que durante o Antigo Testamento a "liberdade" do maligno era maior para enganar os gentios (povos não judeus), a fim de não ouvirem do Evangelho. Todavia, no advento de Cristo e Seu Novo Testamento, as nações foram postas por escabelo de seus pés (Sl 99.5; Mt 5.35). Ademais, "para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo" (Hb 2.14). Portanto, nada precisa ser amarrado.

4. Simular "palavrões" - "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2). Inventar sinônimos para os palavrões é algo odioso, afinal, demonstra que o crente está desejando se parecer com o mundo. Ele quer proferir um enorme xingamento, mas se contenta em dizer, "que porta!". Tal atitude é lamentável e precisa ser urgentemente corrigida. Lutemos para serm como Cristo, prefigurado já em Davi: "Então respondeu um dos moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente e vigoroso, e homem de guerra, e prudente em palavras, e de gentil presença; o SENHOR é com ele" (1Sm 16.18 - grifo meu).
5. "A paz do Senhor, irmão" - não é de todo errada esta expressão, mas, certifique-se de que ao usá-la não estará violando o 3º mandamento: "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão" (Êx 20.7a). O Senhor foi incisivo ao afirmar a penalidade para tal ultraje: "porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20.7b). Se você desejar a paz do Senhor (como faziam os apóstolos em suas cartas), certifique-se de que sabe o que está dizendo e que defende a Lei e o Evangelho de Deus, caso contrário estará brincando e se assemelhando aos falsos profetas que dizem: "Paz, paz; quando não há paz" (Jr 6.14). Cuide para não ser um hipócrita.

6. "Isso é bênção" - é verdadeiro que todas as coisas ocorrem para o bem dos eleitos de Deus (Rm 8.28). Entretanto, é medida que se impõe o fato de nem sempre algo ser uma bênção propriamente dita. Para ilustrar, o fato de alguém ganhar bens materiais ou ter "a porta aberta" para um emprego, não se traduz no fato de que sejam vindos para acrescer à vida - podem muito bem ser punições de Deus. Evidencia-se tal ensino na história de Eliseu, seu servo Geazi e o rei Naamã: "Então Eliseu lhe [a Naamã] mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado... Então voltou... e disse: Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel; agora, pois, peço-te que aceites uma bênção do teu servo. Porém ele [Eliseu] disse: Vive o SENHOR, em cuja presença estou, que não a aceitarei. E instou com ele para que a aceitasse, mas ele recusou. E disse Naamã: Se não queres, dê-se a este teu servo [Geazi]... Então Geazi, servo de Eliseu, homem de Deus, disse: Eis que meu senhor poupou a este sírio Naamã, não recebendo da sua mão alguma coisa do que trazia; porém, vive o SENHOR que hei de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa... Porém ele [Eliseu] lhe disse [para Geazi, após ter ido e recebido os presentes]: Porventura não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou do seu carro a encontrar-te? Era a ocasião para receberes prata, e para tomares roupas, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas? Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve" (2Rs 5.10, 15-17, 20, 26-27).

7. "Deus odeia o pecado, mas ama o pecador" - a Escritura afirma de modo diverso: "Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias. Se o homem não se converter, Deus afiará a sua espada; já tem armado o seu arco, e está aparelhado. E já para ele preparou armas mortais; e porá em ação as suas setas inflamadas contra os perseguidores" (Sl 7.11-13). Os únicos alvos do amor de Deus são aqueles a quem Ele amou e predestinou "antes da fundação do mundo" (Ef 1.4). Afirmar que Deus ama o iníquo (embora seja verdadeiro quanto ao fato de muitos ímpios [outrora nós] - segundo nosso ponto de vista - se tornarem cristãos) é contradizer a Palavra de Deus. A Bíblia é clara: "Se o homem não se converter... Deus... porá em ação as suas setas inflamadas contra os perseguidores". Os cristãos, sob à luz da salvação, não são chamados mais de pecadores, e sim de "santos" (Rm 1.7; 1Co 1.2; 2Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1...) - desta forma, Deus os ama e continua a odiar o pecador não redimido.

8. "Meu Deus!" - ao contrário do que se pensa, esta expressão não é a que mais viola diretamente o 3º mandamento. Porém, é necessário retirar esta expressão de nosso vocabulário. O cristão é alguém que anda de modo digno, não tratando o senhorio do Altíssimo como uma simples interjeição. Deus não é digno de interjeições (palavras e expressões que exprimem emoções e sentimentos), e sim de louvor e adoração: "Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade" (Sl 29.2).

9. "Tudo posso naquele me fortalece" - sim, é verdade que esta expressão é fruto de um versículo, o qual diz: "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" (Fp 4.13). Infelizmente, porém, as pessoas tomam este versículo e se esquecem do vem anteriormente: "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade" (Fp 4.11-12). O propósito de Paulo é para que os crentes aprendessem a passar por todas as coisas n'Aquele que os fortalece - nada tendo a ver, portanto, com um amuleto da sorte.

10. "Eu acho que..." - o cristão precisa ter posições firmes e definidas. "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna" (Mt 5.37). Um terrível mal que abunda nossas igrejas é o fato de todos terem opiniões para todas as coisas - opiniões vagas, sem qualquer lastro bíblico. Ao contrário do que prescreve a Escritura, para que "muitos de vós não sejam mestres" (Tg 3.1), as congregações se lotam com membros que sequer leem a Bíblia e compram livros de grossa e profunda teologia, mas, não obstante, creem ser mestres e doutores da Escritura. Opinar sem saber, salvo quando feito com extrema humildade, é sinal de orgulh

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